Para fabricar bons produtos, é preciso se atentar à qualidade dos equipamentos e ferramentas.
A ocorrência de problemas nos equipamentos industriais é esperada em todo processo industrial. Elas ocorrem, principalmente, por conta do desgaste natural do uso constante. Mas também, não é raro que se tenham defeitos relacionados à baixa qualidade dos componentes, bem como, seu uso incorreto.
Por sua vez, este é um cenário bastante desagradável para a produtividade industrial. É consenso entre especialistas que as falhas no ferramental estão diretamente ligadas com o aumento do custo com a produção, e queda na qualidade do produto final.
Neste sentido, é fundamental que se estabeleçam critérios e métodos para garantir que as ferramentas tenham qualidade superior. Só assim é possível prevenir desvios do padrão de qualidade pré-estabelecido, que seguem as diretrizes, parâmetros e exigências do mercado. Assim como, garantir a confiabilidade dos clientes e consumidores finais sobre a qualidade dos produtos fabricados.
Diversos fatores podem estar ligados com a qualidade dos equipamentos industriais, que, por sua vez, desempenham papel muito significativo. Na verdade, um dos mais importantes no produto final. A seguir, você confere alguns deles.
Atenção às perdas!
Ferramentas mais duráveis, com maior capacidade de resistir ao desgaste e à fadiga, reduzem a necessidade de substituições frequentes e interrupções na produção. Isso é importante para evitar fugas aos padrões estabelecidos e garantir a constância do fluxo produtivo.
Por outro lado, ferramentas de baixa qualidade podem produzir peças defeituosas, exigindo retrabalho. Cenário não só de aumento dos custos, como também, de atrasos na entrega do produto final. E o pior: mesmo que a equipe realize o retrabalho de determinado item, ele ainda pode apresentar imperfeições não desejadas.
Nesse sentido, muitas vezes a indústria precisará sucatear peças devido aos problemas com a qualidade dos equipamentos industriais usados em seu processo de fabricação. E perda, você sabe, é sinônimo de prejuízo.
Qualidade do ferramental na qualidade dos produtos
Não podemos negar que, para se fabricar produtos de alta qualidade, é fundamental ter atenção aos detalhes, desde a seleção do fornecedor da matéria-prima, até a gestão dos processos e treinamento da equipe. Mas, todo esse empenho pode ser em vão ao lidar com ferramentas que apresentem pouca resistência aos processos contínuos de trabalho.
Desgaste abrasivo
No desgaste abrasivo ocorre a perda de massa da ferramenta, alterando sua forma e, principalmente, a aresta e área de trabalho. Isso normalmente causa rebarbas na peça processada, maiores esforços de trabalho e mais tensões na ferramenta.
Desgaste adesivo
Geralmente, o desgaste adesivo ocorre quando há contato entre duas superfícies metálicas e transferência de partículas do material processado para a área de trabalho da ferramenta. Assim, isso causa o que chamamos de aresta postiça de trabalho, gerando engripamento ou riscos na peça processada.
Oxidação
Dependendo da aplicação, é necessário a utilização de aços inoxidáveis – especialmente para as indústrias alimentícia, médico-odontológica e química. O que muita gente não sabe é que a resistência à corrosão dos aços inoxidáveis martensíticos está diretamente ligada ao tratamento térmico. Dessa forma, para uma mesma dureza, pode-se obter diferentes níveis de resistências à corrosão, dependendo das temperaturas empregadas na têmpera e, principalmente, nos revenimentos.
Tenacidade
É conhecida popularmente como resistência à quebra e dependente totalmente da qualidade da matéria-prima e do ciclo de tratamento térmico realizado.
Como aumentar a qualidade da ferramenta?
Processos térmicos
Em resumo, é por esses e outros motivos que o ferramenteiro e as equipes envolvidas devem se atentar aos seguintes pontos:
- Fornecedores do aço ferramenta;
- Controle dos processos;
- Preservação e manutenção;
- Projeto da ferramenta;
- Processo de fabricação da ferramenta;
- Aço ferramenta;
- Tratamento térmico;
- Utilização.
Veja bem…, é preciso se atentar à qualidade do aço ferramenta desde o início da cadeia produtiva, investindo em fornecedores de qualidade comprovada.
Porém, uma forma eficiente de garantir uma a maior resistência do ferramental, é aplicar técnicas de tratamento térmico adequadas. São eles que ajustam as características desejáveis de cada tipo de aço ferramenta a partir das necessidades de determinado uso.
Mas vale ressaltar: para garantir a constância dos resultados, o tratamento térmico deve ser atentamente controlado para evitar que as peças sejam processadas incorretamente, levando a desgastes ou trincas prematuros, entre outros impasses.
A arte do tratamento térmico na construção de ferramentas e componentes
Os processos térmicos atuam nas propriedades mecânicas do aço, ajustando suas características conforme o necessário. Assim, aumentam a dureza, resistência e tenacidade do item. Por isso, é possível prevenir falhas prematuras nas ferramentas, garantindo maior controle de qualidade dos itens fabricados. Confira os principais:
Nitretação a plasma
Processo termoquímico que promove o enriquecimento da superfície de ligas ferrosas com nitrogênio (N). Neste processo, o nitrogênio e o hidrogênio são ionizados à baixa pressão, formando o plasma pulsante, responsável pelo transporte do nitrogênio na forma atômica para a superfície da peça. Por um mecanismo de difusão, formam-se nitretos, proporcionando o aumento da dureza superficial, resistência ao desgaste e resistência à fadiga de alto ciclo, entre outros.
Têmpera a vácuo
Indicado quando se deseja aumentar a dureza, resistência ao desgaste, à tração e à compressão. Consiste no aquecimento do aço até a temperatura de austenitização, manutenção em patamar até que toda a estrutura se transforme em austenita, seguido de resfriamento rápido e controlado, gerando fase martensítica.
Revenimento / revenimento a vácuo
Processo térmico realizado após a têmpera com o objetivo de atenuar as tensões e ajustar a dureza, aumentando a tenacidade e ductibilidade do material. Ocorre neste processo a transformação da austenita retida e da martensita bruta em martensita revenida.
Sendo assim, com tantos benefícios, a realização de tratamentos térmicos não poderia ser uma tarefa fácil. São inúmeros detalhes que devem ser considerados para se obter um trabalho de alta precisão, resultando em qualidade superior.
Para isso, você pode contar com a Isoflama, que fornece serviços de processos térmicos baseados no conhecimento, tecnologia e arte. Aliamos profissionais altamente capacitados, com maquinário de tecnologia europeia e um profundo domínio dos processos que nos possibilitaram conquistar significativo conceito técnico, além do desenvolvimento de novos paradigmas no assunto.
Entre em contato e descubra como a Isoflama pode contribuir com a sua indústria!
Confira nosso conteúdo!
27 / set
O que a janela de avião nos ensina sobre metalurgia?
Entenda como uma simples janela de avião fala muito sobre a física, a metalurgia e a segurança quanto ao uso dos [...]
27 / set
Ductilidade e tenacidade no comportamento dos materiais quanto à fratura
Conhece a importância da tenacidade no uso diário de uma ferramenta metálica? Entenda mais sobre esta propriedade e sua relação com a [...]
27 / set
Como os elementos químicos na composição do aço influenciam suas propriedades?
Compreenda como a composição do aço, altera suas propriedades e possibilita novos [...]