Do chocolate em barra ao pão de forma: a importância da padronização das ferramentas e componentes na indústria de alimentos
Padronização é a lei em processos industriais. Na indústria de alimentos, é o que garante a qualidade dos produtos e fidelização do consumidor. Saiba mais nesta matéria.
A padronização de processos é prática centenária em todos os setores da indústria. Isso ninguém pode negar. Sabemos que isso é o que garante maior consistência da qualidade e do fluxo de produção. Em se tratando da indústria de alimentos, tal preocupação se intensifica ainda mais.
Afinal, trata-se de produtos com perecibilidade maior. Além disso, está presente no dia a dia de uma parcela enorme do público consumidor: de adultos a crianças. Por isso, atender a suas exigências, que crescem cada dia mais, é imprescindível.
Nesse sentido, um dos aspectos que mais pode impactar a constância no processo de produção da indústria de alimentos, é a padronização das ferramentas.
De forma bem reduzida, podemos dizer que ferramentas e componentes de baixa qualidade podem se deformar, quebrar, demandar manutenções não programadas e até mesmo, exigir substituições inesperadas. E assim, resultar em variações no produto final.
Neste artigo, você confere mais detalhes sobre a importância da padronização dos ferramentais na indústria de alimentos, além de dicas para a durabilidade e resistência destes itens. Então, continue a leitura e aproveite!
Indústria de alimentos hoje
Não há dúvidas de que o Brasil se destaca mais e mais no que tange a indústria de alimentos. Só em 2022, o setor superou a marca de R$ 1 trilhão em faturamento, pela primeira vez na história, sendo que, cerca de 30% deste total, corresponde a exportações.
Isso mostra como o país se posiciona de maneira estratégica diante de ambos os mercados, internacional e nacional. E ainda, a tendência é de maior crescimento para os próximos anos.
Porém, a perspectiva positiva carrega consigo uma altíssima carga de responsabilidade. Com um mercado tão aquecido, a concorrência é sem igual. Mais do que isso, o perfil do público também muda constantemente, tornando-se mais exigente e detalhista.
Fica, assim, cada vez mais inadmissível a ocorrência de quaisquer desvios dos padrões de qualidade, imprecisões ou falhas no processo produtivo da indústria alimentícia.
A seguir, vamos nos aprofundar na importância de garantir uma constância nos padrões da produção de alimentos. Continue a leitura!
Padronização dos processos na indústria dos alimentos
No processamento de alimentos, utilizam-se diversos tipos de ferramentas e componentes confeccionados nos mais diversos tipos de aços. Ainda assim, emprega-se especialmente os aços inoxidáveis, como facas especiais, discos e lâminas de corte, e ferramentas para extrusão – como roscas transportadoras, barris e matrizes de extrusão. Não poderíamos deixar de citar as ferramentas para pelletização, matrizes de pré-corte, corte e selagem, moedores e trituradores, bicos injetores, ferramentas e componentes para o fechamento de latas, recipientes e garrafas, entre outros.
Todos eles são essenciais nos processos de fabricação de produtos alimentícios, pois devem ser projetados para serem duráveis, fáceis de limpar e, em alguns casos, resistentes a altas temperaturas. Isso garante que a fábrica produza os itens de maneira consistente, higiênica e com alta qualidade. Para exemplificar a sua importância, vamos a um cenário hipotético.
Imagine uma fábrica de iogurte. Com as ferramentas e componentes adequados e de alta qualidade, costumeiramente, ela envaza o alimento em potes sem rebarbas. Além disso, o lacre (tampinha de papel aluminizado) ao mesmo tempo que apresenta segurança na vedação, também deve ser de fácil remoção. São detalhes que atestam a qualidade que os clientes tanto buscam ao adquirir produtos como esse.
Porém, agora imagine que a empresa adquire novos ferramentais em aço para confeccionar os potes e selar as tampinhas. Desta vez, para reduzir custos, a qualidade do aço é menor e as peças não passaram por tratamentos que aumentam sua resistência e durabilidade.
Desta maneira, em alguns meses de uso, as ferramentas começam a apresentar corrosão e desgaste prematuro, fazendo com que haja rebarba nos cortes dos potinhos. Além disso, na selagem das tampinhas, para se evitar uma vedação deficiente, aumenta-se a pressão na operação, trazendo maior dificuldade de o cliente removê-la.
Tudo isso resultou em produtos finais com a aparência ligeiramente diferente entre si, assim como, destoou daquela qualidade que os consumidores já aprovavam.
Você já deve prever qual é a recepção do público, não é mesmo? Reclamações, diminuição das vendas e perda daqueles consumidores que foram, um dia, fieis à marca.
Este é só um dos muitos exemplos de como uma simples irregularidade em uma ferramenta pode impactar em todo o desempenho de uma empresa de alimentos. Por isso, a seguir resumimos a importância de se atentar aos detalhes que envolvem a fabricação e uso de ferramentas e componentes na indústria alimentícia.
Importância da padronização dos moldes e ferramentais
- Controle de qualidade: assegura uma produção consistente, em que os consumidores podem confiar na sua alta qualidade sempre que o adquirirem.
- Conformidade com regulamentações: setores como a de alimentos são altamente regulamentados e dependem da padronização para cumprir as diretrizes.
- Rastreabilidade: ao manter um padrão, o produto pode ser mais facilmente rastreado, permitindo que empresas identifiquem a origem de problemas em caso de recall ou problemas de qualidade. Assim como, previne a incidência de falsificações.
- Competitividade global: em um mercado globalizado, produtos padronizados são mais facilmente replicados e escalados em diferentes regiões do mundo, assim como, mais reconhecidos ao redor do globo.
- Eficiência operacional: moldes padronizados e de alta qualidade permitem a otimização de recursos, redução de desperdícios e maior previsibilidade na produção.
Garantindo o padrão nas ferramentas e componentes de aço
Você já viu o quão fundamental é manter o padrão das ferramentas e componentes de aço para a indústria alimentícia. Mas, é claro que só saber disso não basta. O ideal é também ter conhecimento de como garantir tal padronização. Portanto, separamos algumas dicas para isso. Vamos lá?
Material adequado
Selecione o aço mais apropriado à categoria de alimentos trabalhada. Algumas ligas se adaptam melhor às altas temperaturas, outras as mais baixas. Alguns apresentam maior resistência ao desgaste, outros à quebra e outros à corrosão. Falando em aços resistentes à corrosão (aços inoxidáveis), é importante mencionar que esta propriedade varia conforme a temperatura de trabalho e o meio corrosivo (ácido, cítrico etc), portanto, tudo isso deve ser pensado para que se tenha uma ferramenta ou componente que apresente uma vida útil longa e desempenho consistente.
Controle de produção
É fundamental realizar inspeções regulares, checando o desempenho das ferramentas durante a produção. Além de estabelecer um programa de manutenção preventiva, com limpeza adequada e reparos preventivos, evitando desgaste prematuro.
Especificações da matéria-prima
Do mesmo modo que cada tipo de aço é mais adequado para determinadas categorias de alimentos, eles também têm especificações distintas. Por exemplo, na indústria alimentícia, comumente, usam-se produtos químicos como ácidos para realizar a limpeza. Portanto, é importante escolher um material (aço) e tratamento térmico que suportem tal procedimento, sem apresentar corrosão prematura. Assim, para garantir sua qualidade, siga as informações técnicas do fornecedor.
Tratamento térmico
Essa é uma forma eficaz de garantir a durabilidade das ferramentas e componentes de aço, prevenindo substituições precoces, deformações e corrosão. Os processos térmicos e termoquímicos aprimoram as características desejáveis dos materiais. Existe uma grande diversidade de processos térmicos para aço, que variam conforme as especificações técnicas da matéria-prima.
A título de curiosidade, a resistência à corrosão e à quebra de aços inoxidáveis tipo AISI 420 muda conforme o ciclo de tratamento térmico realizado. Isso mostra a importância da atenção, cuidado e responsabilidade que o projetista e o tratador térmico devem ter com este tipo de material.
Três dos processos mais comuns são: têmpera e revenimento, ambos podendo ser realizados a vácuo e a nitretação, que pode ser realizada a plasma.
Esta é a especialidade da Isoflama. Conheça mais sobre processos térmicos, e como nós aliamos tecnologia e arte para realizá-los, entregando ferramentas e componentes em aço de excelência.
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