Processos que podem substituir a oxidação negra

Conheça a alternativa altamente eficiente da ISOFLAMA e veja os benefícios que nossos serviços podem trazer para o desempenho do seu componente

Primeiramente é importante sabermos que oxidação e corrosão são fenômenos distintos:

  • Oxidação: reação química na qual um elemento químico se une ao Oxigênio, formando um novo composto (Óxido). Nem toda oxidação resulta em corrosão.
  • Corrosão: termo geralmente empregado para se referir à destruição gradativa dos metais e também em “concreto” e polímeros.

Todos os metais sofrem corrosão, com exceção apenas do ouro e da platina. No entanto, no caso de alguns metais, essa corrosão apresenta uma ação desacelerada porque os compostos formados funcionam como uma espécie de proteção. O metal Cobre, por exemplo, produz o “Azinhavre”, mistura tóxica de Hidróxido de Cobre I e Carbonato de Cobre, que o protege contra a corrosão. De maneira parecida, aços inoxidáveis e o alumínio criam um filme passivo em sua superfície, que funciona como uma barreira à ação de agentes externos corrosivos.

A corrosão dos metais, portanto, é um processo que ocorre espontaneamente e causa grandes prejuízos para a indústria (caso de ferramentas, por exemplo) e civilização em geral (caso de pontes e estruturas metálicas, veículos etc), sendo assim, o desenvolvimento de tecnologias para minimizar estes efeitos deletérios é algo comum e necessário, principalmente com os avanços atuais.

Uma prática muito comum neste sentido, visa a proteção superficial de metais e produtos que possuem em sua base, ou seja, o processo de oxidação negra, adotado como estética. Mas também objetivando aumentar a durabilidade do produto, garantindo mais qualidade e resistência à corrosão.

Entretanto, como sabemos que o avanço é algo constante, novas tecnologias e métodos surgiram como alternativa para esse processo. A oxidação utilizando-se processos termoquímicos conduzidos em reatores de plasma, por exemplo, é uma metodologia de tratamento de superfície de metais utilizada – assim como a oxidação negra – para melhorar a resistência à corrosão e o aspecto estético de peças.

Pode parecer confuso de início, mas os especialistas da ISOFLAMA separaram as melhores dicas, informações e soluções para você conhecer a fundo esses processos. Confira!

O que é a oxidação negra?

A oxidação negra é um método químico de conversão de superfície, geralmente aplicado em aços carbono e ligas ferrosas. O processo de formação da oxidação negra realiza-se em baixas temperaturas, com a imersão da peça em óleo quente, banho de sal especial ou mesmo a frio (soluções especiais), os quais podem conter ácidos, óxidos metálicos e outros aditivos. A reação química resultante converte a superfície do metal em uma camada de óxido, comumente Magnetita (Fe3O4) ou Óxido de Ferro (FeO).

Assim, o resultado é a formação de um acabamento escuro, muito próximo do preto, e uniforme de óxido ferroso sobre a superfície do metal. Esse acabamento não apenas proporciona um aspecto decorativo negro como também aumenta a resistência das peças à corrosão.

A oxidação negra é amplamente utilizada em diversos setores da indústria mecânica devido à sua simplicidade, custo-benefício e segurança. Desta forma, uma ampla gama de aplicações é possível, abrangendo molas, corpos de válvulas, suportes de ferramentas, fixadores, moldes, componentes automotivos e diversas outras utilizações.

Vantagens da oxidação negra para a indústria

  • Proporciona uma camada de proteção contra corrosão, reduzindo a probabilidade de oxidação;
  • Melhora a aderência de lubrificantes e agentes de deslizamento;
  • Oferece um acabamento estético escuro, atraente para algumas aplicações.

Processo ISOX®: uma solução ISOFLAMA para a sua empresa

O processo ISOX® é uma inovação desenvolvida pela ISOFLAMA, que combina características dos processos de oxidação negra e oxidação com plasma. Desse modo, utilizamos uma solução especial contendo compostos químicos que, quando expostos a um plasma gerado por um arco elétrico, formam uma camada protetiva de coloração grafite.

Este processo baseia-se na utilização de um reator de nitretação iônica por plasma para desenvolver uma superfície oxidada em peças de ligas metálicas, como o aço por exemplo. Este processo, envolve aquecer as peças à temperaturas na ordem de 500ºC em um ambiente de baixa pressão com plasma formado pela mistura de H2 e N2. Em seguida, é adicionado gás N2O e mantido por um determinado tempo para formação da camada de espessura e composição desejável.

Durante esse processo, ocorre a formação de uma camada de óxidos na superfície do material. Os principais óxidos formados são a Hematita (Fe2O3), e também a Magnetita (Fe3O4). A espessura total da camada de óxidos é em torno de 0,003 a 0,004 mm, sendo importante notar que camadas de espessuras maiores podem ser obtidas, dependendo das condições de processo.

Assim, é possível constatar que o processo de oxidação por plasma permite a formação controlada de uma camada de óxidos na superfície do aço. Desse modo, proporcionando melhorias nas propriedades de resistência à corrosão das peças metálicas.

Vantagens:

  • Excelente ancoragem da camada oxidada à superfície metálica, proporcionando maior durabilidade e resistência à corrosão;
  • Controle preciso sobre as propriedades da camada oxidada, permitindo ajustes na espessura e composição química conforme necessário, além de elevado índice de repetibilidade de resultados;
  • A camada oxidada promove uma espécie de barreira contra a interação de agentes externos com o metal da ferramenta ou componente. No caso de moldes para injeção de alumínio, por exemplo, ela evita a interação química do alumínio com a superfície do molde, aumentando a vida útil da ferramenta.

Quer saber mais sobre esse processo e como ele pode ajudar a sua empresa a alcançar mais resistência e qualidade em peças metálicas? Entre em contato com nosso time agora mesmo e confira todos os detalhes!

Não esqueça de continuar acompanhando o Infotec da ISOFLAMA, para ter acesso a mais dicas, informações e conhecer os melhores processos. Para não perder nossas novidades, você pode seguir a ISOFLAMA nas redes sociais!

Qual é a diferença entre os processos térmicos a frio realizados com nitrogênio líquido subzero e criogenia?

Saiba como esses processos são aplicados na indústria e quais suas vantagens

Quando pensamos em tratamento térmico, normalmente nos vem à mente altas temperaturas e peças incandescentes. Porém, existem os tratamentos térmicos realizados à baixíssimas temperaturas, utilizando-se, por exemplo, nitrogênio líquido. Técnica essa que oferece benefícios significativos nas propriedades mecânicas dos materiais.

Para entender mais sobre esse processo e sua importância para a indústria, neste artigo vamos explorar alguns detalhes sobre o método de aplicação do nitrogênio líquido nos processos industriais, desde sua base técnica até as diversas vantagens.

Assim, abordaremos a diferença entre os processos térmicos a frio com nitrogênio líquido subzero e criogenia. Destacando também, os efeitos dessas técnicas nos materiais e os métodos de aplicação específicos.

Além disso, analisaremos também, os benefícios proporcionados por esse tipo de tratamento térmico, assim como as suas implicações nas indústrias automotiva, aeroespacial, metalúrgica e outras.

Então, se você quer saber mais sobre essa técnica e descobrir as perspectivas futuras e as possíveis inovações nesse campo vislumbrando o potencial contínuo desse método, chegou ao lugar certo. Continue a leitura e confira!

O que são processos térmicos a frio?

Os processos térmicos a frio são técnicas de tratamento que envolvem a manipulação de materiais em temperaturas muito baixas, resultando em alterações nas suas propriedades físicas e mecânicas. Desse modo, esses processos são cruciais em várias indústrias devido à capacidade de melhorar a durabilidade, resistência e desempenho dos materiais. Além disso, são capazes de otimizar processos de fabricação e reduzir custos de produção.

Diferença entre criogenia e subzero na metalurgia

Na prática, os termos “criogenia” e “subzero” são frequentemente usados de forma intercambiável para descrever o mesmo processo de tratamento térmico, que envolve a exposição do material a temperaturas muito baixas. No entanto, tecnicamente, “criogenia” se refere ao estudo e à produção de temperaturas extremamente baixas, enquanto “subzero” simplesmente significa abaixo de zero grau Celsius.

Assim, o tratamento térmico de subzero geralmente se refere ao processo de resfriamento de um material a temperaturas abaixo de zero grau Celsius. Mas, não necessariamente tão baixas quanto as temperaturas criogênicas típicas, que podem chegar a -196°C ou até mais baixas. Em resumo, a criogenia é um termo mais específico para temperaturas extremamente baixas, enquanto subzero é um termo mais genérico que pode incluir uma faixa mais ampla de temperaturas abaixo de zero.

Em metalurgia, por convenção, temos que:

Subzero: consiste da operação de resfriamento do aço a temperaturas abaixo de zero grau, geralmente entre -70ºC e -120ºC, utilizando-se soluções líquidas compostas da mistura de Nitrogênio líquido mais substâncias, tais como: Álcool, Acetona, CO2 líquido ou adições de gelo seco.

Criogenia: consiste do resfriamento do aço em Nitrogênio líquido para alcançar a temperatura deste, ou seja, -196ºC.

Por que realizar o Subzero, ou Criogenia?

Certas ligas ferrosas, em função do teor em Carbono, elementos de liga e condições de resfriamento (taxa), deslocam para baixo (no diagrama TRC) as temperaturas de início (Mi) e fim (Mf) de transformação Martensítica. Nesses casos, quando o aço alcança a temperatura ambiente, apresentará uma determinada quantidade (% em volume) de Austenita não transformada, o que chamamos de “Austenita Retida”.

Essa Austenita Retida não é desejável, pois interfere negativamente em propriedades como resistência à compressão, tenacidade, resistência ao desgaste e na estabilidade dimensional durante o uso da ferramenta, além de, também ser prejudicial a processos como eletroerosão, retífica e posteriores processos termoquímicos aos quais a ferramenta venha a ser submetida, como nitretação e/ou revestimentos tipo PVD, onde pode causar, por exemplo, variações dimensionais e alterações de durezas. Portanto, essa Austenita retida precisa ser transformada em Martensita, já que as propriedades mecânicas dos aços são atendidas plenamente quanto maior a uniformidade microestrutural.

Esta transformação pode ser obtida através da realização de revenimentos ou do uso destes dois meios de resfriamento, os quais forçarão a transformação da “Austenita Retida” em Martensita. Portanto, o tratamento Subzero age para melhorar a uniformidade microestrutural e a estabilidade dimensional.

ISOCRIO® 

Processo ISOFLAMA de tratamento térmico em baixas temperaturas, que podem variar entre -70ºC e -196ºC, visando a transformação da Austenita Retida em Martensita

Procedimento

Metalurgicamente, o ideal é que o subzero ou criogenia sejam realizados logo após o resfriamento da têmpera. Porém, devido ao elevado nível de tensões a que a peça será exposta, em certas situações é recomendável sua realização entre o primeiro e o segundo revenimentos.

De modo geral, a operação consiste na imersão da peça de aço em Nitrogênio líquido (Criogenia) ou solução líquida de Nitrogênio e Álcool (Subzero) por, pelo menos, uma (1) hora e, em seguida, aguardar o retorno à temperatura ambiente. Na sequência, realizar o processo térmico de alívio de tensões ou revenimentos, visando a adequação/ajuste da dureza.

Quando utilizar o ISOCRIO®?

 A decisão pela sua utilização depende de:

  • Composição química do aço;
  • Parâmetros de tratamento térmico utilizados: temperatura de austenitização e taxa de resfriamento na têmpera;
  • Geometria da peça.

A “geometria da peça” é fundamental importância, pois no tratamento térmico Subzero ocorre a formação de elevadas tensões e, consequentemente, maior risco de nucleação de trincas nas áreas de concentração destas tensões.

Vantagens

Como estes processos forçam a transformação da Austenita retida em Martensita, temos os seguintes benefícios:

  • Uniformidade microestrutural;
  • Estabilidade dimensional em trabalho;
  • Aumento da tenacidade;
  • Aumento da resistência ao desgaste;
  • Aumento da resistência à compressão;
  • Aumento da dureza em determinadas situações.

Limitações:

Conforme comentado anteriormente, o tratamento térmico em baixas temperaturas pode trazer vantagens, mas também traz riscos, motivo pelo qual devemos ter especial atenção a alguns fatores limitantes, como:

  • Dimensão de equipamento;
  • Controle da temperatura da solução do processo;
  • Operação exige extremo cuidado na manipulação das peças;
  • Aplicável para até determinadas dimensões de peças;
  • Risco de trinca cresce conforme dimensão e geometria da peça;

Diante do exposto, fica claro que não é possível generalizar a prática do subzero, pois há riscos envolvidos. Em certas situações, a realização de vários revenimentos (desde que respeitando-se os tempos e temperaturas corretos), por exemplo no caso de aços alta liga, como os das classes trabalho a frio e aços rápidos, pode produzir efeito similar na redução dos teores de “Austenita Retida”. Sendo assim, é sempre recomendável consultar nossa assessoria técnica para juntos definirmos qual a melhor rota de tratamento térmico para cada situação, levando-se em conta os objetivos desejados, a geometria da peça e os riscos envolvidos.

Leitura complementar: aplicação do Nitrogênio líquido na indústria

Como vimos, o Nitrogênio líquido pode ser utilizado em operações de tratamento térmico a frio de peças confeccionadas em aços, mas sua aplicação na indústria em termos de tratamentos térmicos não se limita ao setor metalúrgico. Sendo assim:

Indústria alimentícia

Este método é frequentemente utilizado na indústria alimentícia para congelar alimentos de forma rápida e eficiente como sorvetes, carnes, frutas e vegetais, preservando sua qualidade, textura e sabor.

Indústria eletrônica

Na indústria eletrônica, o Nitrogênio líquido é utilizado no resfriamento de componentes eletrônicos durante processos de fabricação, como a soldagem. Isso porque, ele ajuda a evitar danos térmicos aos componentes sensíveis e garante a qualidade dos produtos eletrônicos.

Armazenamento criogênico e criopreservação de materiais biológicos

O armazenamento criogênico de materiais biológicos, como células, tecidos, órgãos e amostras de DNA, também pode utilizar este tipo de processo. Portanto, biobancos, laboratórios de pesquisa e clínicas de fertilização in vitro a empregam para preservar material biológico a longo prazo.

Por fim, a criopreservação de células-tronco, óvulos, espermatozoides e outros materiais biológicos para uso em pesquisa médica, reprodução assistida e terapias regenerativas também podem empregar o Nitrogênio.

Essas são apenas algumas das muitas aplicações do Nitrogênio líquido na indústria. Afinal, sua versatilidade, baixa temperatura e capacidade de resfriamento rápido o tornam um componente essencial na variedade de processos industriais. Assim contribuindo para a produção de produtos de alta qualidade e o avanço da ciência e da tecnologia.

Quer saber mais sobre esses processos e muitos outros que podem potencializar a rotina industrial? Acompanhe o Infotec da ISOFLAMA e tenha acesso a inúmeros conteúdos sobre o assunto. Nos siga também nas redes sociais para ficar por dentro das novidades em primeira mão!

Sair da versão mobile